Nunca fui apresentado a esse senhor. Por vezes, vejo-o passar na rua, mas nunca se dignou a olhar-me, quanto mais a falar-me. Aqui muito para nós, confesso não lamentar essa arrogância que me exclui; primeiro, porque não gosto de gente arrogante e depois porque uma consulta feita a dois dicionários (para assentar melhor as ideias sobre o assunto) me revelou que as definições a ele respeitantes podem variar ligeiramente na forma, porém têm uma constante: a palavra supérfluo. Neste mundo, quanto mais supérfluos houver, mais miséria haverá também.
Além disso, estou intimamente convencido de que o senhor em questão é, basicamente, um chato.
João Aguiar
Ponte de Sor - barragem de Montargil |
Sem comentários:
Enviar um comentário